sábado, 24 de abril de 2010

CHEGANÇA



Chegança
Antonio Nóbrega
Composição: Antonio Nóbrega

Sou Pataxó,
sou Xavante e Cariri,
Ianonami, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancararu,
Carijó, Tupinajé,
Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-o, Tupinambá.

Depois que os mares dividiram os continentes
quis ver terras diferentes.
Eu pensei: "vou procurar
um mundo novo,
lá depois do horizonte,
levo a rede balançante
pra no sol me espreguiçar".

eu atraquei
num porto muito seguro,
céu azul, paz e ar puro...
botei as pernas pro ar.
Logo sonhei
que estava no paraíso,
onde nem era preciso
dormir para se sonhar.

Mas de repente
me acordei com a surpresa:
uma esquadra portuguesa
veio na praia atracar.
De grande-nau,
um branco de barba escura,
vestindo uma armadura
me apontou pra me pegar.

E assustado
dei um pulo da rede,
pressenti a fome, a sede,
eu pensei: "vão me acabar".
me levantei de borduna já na mão.
Ai, senti no coração,
o Brasil vai começar.

Aqui na UnB, já são 20 etnias representadas: Atikum,Wapichana,Fulni-Ô, Pataxó,Potiguara,Macuxi,Baré, Karipuna,Jeripankó,Pankará,Munduruku,
Bororo,Kaimbé,Tupinikim,Piratapuia,Xavante,Tukano,Wassu,Katokim,Desana.
Esses guerreiros e guerreiras estão sim, fazendo história. Uma história diferente da que conhecemos, do mundo etnocentrico contruido pelo colonizador.E que é preciso contar publicamente, da verdadeira história dos indígenas: a luta, a generosidade, a resistencia, a alegria, a solidariedade, o jeito de ser, o bem viver, a força,a paciência, a tristeza, o esforço, o canto, a dança, as comidas típicas, o amor aos animais, a tradição, o respito, o sagrado. E além do mais, o compromisso do bem estar coletivo.Porque, como dizia Paulo Freire: Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.

Mas qual é a história de cada um desses povos? Onde se localizam suas comunidades de origem, qual a situação de suas terras, quais são suas tradições? Como é a situação da educação, da saúde, do saneamento básico, da moradia, do trabalho? Que caminhos esses estudantes trilharam para estar aqui hoje?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Entrega do Projeto de construção da Maloca




A Maloca é o Projeto de Construção do Centro de Convivência Indígena na UnB. Mais do que uma construção dentro do Campus Darcy Ribeiro, é um projeto de futuro dos estudantes indígenas da Unb, que tem um significado simbólico maior do que marcar a presença indígena na Universidade de Brasília. Será um espaço concreto de se construir novas relações de poder, novas posturas, revitalizar crenças, fortalecer a atitude de respeitar as diferenças, valorizar a diversidade e trocar saberes.

Construção Coletiva do Projeto Maloca



Construção coletiva do Projeto de construção da Maloca - UnB

Video: Estudantes indígenas UnB



Tomara
Alceu Valença
Composição: Alceu Valença - Rubem Valença Filho

Tomara meu Deus, tomara
Que tudo que nos separa
Não frutifique, não valha
Tomara, meu Deus

Tomara meu Deus, tomara
Que tudo que nos amarra
Só seja amor, malha rara
Tomara, meu Deus

Tomara meu Deus, tomara
E o nosso amor se declara
Muito maior, e não pára em nós

Se as águas da Guanabara
Escorrem na minha cara
Uma nação solidária não pára em nós

Tomara meu Deus, tomara
Uma nação solidária
Sem preconceitos, tomara
Uma nação como nós